O que mais surpreende é não só a qualidade do jogo mas também o seu género. Para o fim da vida de uma consola estamos habituados a ver muitos jogos banais de acção ou plataformas, principalmente produtos com baixos valores de produção que aproveitam os reduzidos custos de desenvolver para uma consola bem estabelecida, edições anuais de jogos de desporto ou aquelas adaptações de franchising de sucesso, principalmente filmes, que são lançados para todas as plataformas. Assim sendo ficámos agradavelmente surpreendidos com este jogo capaz de fazer frente a colossos como Final Fantasy XII ou Dragon Quest VIII, aos quais rouba a coroa de último grande RPG da PS2.
Com Dragon Quest VIII até partilha mais algumas coisas além do género onde se insere, nomeadamente a produtora. Ambos os jogos foram criados pela Level 5, uma firma nada inexperiente no género, actualmente encarregue de White Knight Story para a PS3 e com nomes no currículo como Dark Cloud e a sua sequela, Dark Chronicle. Este último título parece ter sido uma grande influência para Rogue Galaxy, com o sistema de combate de ambos a fugir ao tradicional nos RPGs orientais.
Por agora prefiro falar da história, um factor fulcral neste género e que infelizmente é quase sempre igual em todos os jogos, girando em volta de um herói, normalmente com algum tipo de poder especial, que tem de salvar o mundo da destruição. O que é certo é que todos os RPGs vindos do Japão tentam cativar o jogador com personagens carismáticas e uma série de interessantes histórias paralelas, mas nada disso substitui uma boa narrativa central, bem construída e sobretudo original, algo que pessoalmente já não vejo num RPG, oriental há muito tempo.
Também este Rogue Galaxy não foge à regra, apostando mais em personagens paralelas de interesse variável, cada uma com a sua própria história, em vez de um enredo fascinante que nos prenda ao comando, mas também é verdade que tem alguns pontos a seu favor. O principal deverá ser sem dúvida o facto de aqui, durante a maior parte do tempo, perseguirmos os nossos próprios interesses em vez de estarmos preocupados em salvar o mundo. Claro que eventualmente somos encarregues desta tarefa, mas isso só acontece lá para o fim do jogo, e até lá temos objectivos muito mais interessantes e menos chatos, como manter o nosso lugar no navio pirata para onde fomos levados por engano, ou encontrar o tesouro que o nosso capitão procura.
Assim, neste jogo iremos encarnar Jaster Rogue, um órfão que luta para sobreviver em Rosa, um planeta desértico actualmente ocupado por uma de duas grandes partes
O Bom :
Animações e gráficos Excelentes ;
8 Personagens jogáveis;
Mais de 100 horas de jogo.
O Mau :
Corredores e quartos repetitivos ;
Combates repetitivos.
PONTUAÇÃO FINAL: 9.5
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