O fenómeno Simpsons dura há muitos anos, e com o ainda fresquinho filme, mostra a sua força, inclusive no nosso país. É assim pena que de entre os muitos videojogos baseados nesta família, nenhum tenha verdadeiramente brilhado.
The Simpsons Hit & Run foi um dos últimos, e também um dos melhores. Agora, recaíam
Agora, como explicar este sentimento contraditório, esta vontade de dizer que The Simpsons Game é um dos melhores jogos de sempre, que está recheado de excelentes momentos de humor bem típico da série, e que me divertiu realmente, quando não se pode ignorar o facto do ponto pior ser mesmo a sua jogabilidade? A versão PS2 é ainda claramente inferior às de nova geração, e não apenas em termos gráficos.
The Simpsons Game tem uma história diferente. Ou melhor dizendo, não tem. No fundo, os Simpsons descobrem que estão dentro de um videojogo, e vão aproveitar isso para utilizar os seus super-poderes e salvar o mundo de ameaças distintas. Tudo com um ar extremamente cómico, de sátira, e com os autores do argumento e a própria Electronic Arts sem medo de gozarem com eles próprios. O jogo é no fundo uma enorme troça, um pouco como foi Asterix & Obelix XXL, brincando sobretudo com o universo dos videojogos. E sim, é muito divertido, as simpáticas sequências 2D que surgem constantemente são plenamente fiéis à série animada, e cheias de humor.
O jogo começa com um divertido tutorial, com Homer a babar-se (como de costume) e a sonhar que está num mundo de chocolate. Aos poucos, vamos controlar as outras personagens, mas na versão PS2 lamenta-se a ausência da cidade de Springfield, que servia de espaço para as missões, e como um local onde podíamos perder muito tempo a explorar e a procurar os coleccionáveis.
As missões estão destinadas sempre a uma dupla de personagens específica para a missão e apesar disto parecer estranho, nem faria sentido ser de outra forma. Afinal, Lisa é a ecologista que vai sabotar uma serração acompanhada de Bart e Marge, contra o advogado Jack Thompson, a activista que protesta contra o violento videojogo Grand Theft Scratchy (GTS), ajudada por Lisa. Os pares mudam constantemente, e numa maneira muito old school e aplaudida, dois jogadores podem participar
Cada elemento da familia Simpson possui o seu poder especial, que vai ser essencial para muitas passagens, coisa que o jogo indica com um balão a representar tanto a personagem, como o poder necessário. Jogando sozinho, temos a possibilidade de alternar à vontade entre cada Simpson.
Marge possui um dos poderes mais interessantes: um megafone. Com ele, ela tem o poder das multidões a suportá-la, e pode comandá-las para atacar um inimigo ou um objecto. Lisa utiliza a sua concentração para mover objectos, limpando caminho em algumas situações, e atacando inimigos noutras. Bart é o Bartman, e pode voar graças à sua capa, e lançar o gancho para chegar a lugares que mais ninguém chega. Homer transforma-se numa bola gigante e esmaga tudo por onde passa, podendo mais à frente tornar-se num monstro de gelatina. Por fim, a bebé Maggie rasteja nos poucos espaços pequenos.
O ponto forte do jogo é mesmo o humor, e isso vê-se um pouco por todo o lado. As sequências animadas são excelentes, e as missões não só parodiam os videojogos, como são quase todas muito inspiradas, nos seus temas e desenrolar.
O Bom :
Vozes originais da série televisiva ;
Muitas coisas por desbloquear ;
Rir até acabar.
O Mau :
Jogo pequeno ;
Má câmara.
PONTUAÇÃO FINAL: 8.5
Sem comentários:
Enviar um comentário