terça-feira, 24 de março de 2009

Resistance Retribution [PSP]

Resistance Retribution como muitos outros shooters, tem prosperado nos dois analógicos de uma playstation fixa, e no primeiro momento, a "conversão" para a PSP com um único analógico pode parcer assustador. No entanto, desde os primeiros momentos deste Resistance é claro que a acção continua intensa e rápida (daquela a como a série nos habituou), está muito bem representada, graças aos controlos inteligentes, um poderoso arsenal e niveis vibrantes. Apesar de ser menos épico que os seus antecessores e ter algumas zonas difíceis, Resistance: Retribution é um notável e bem sucedido shooter que é visualmente bom e muito divertido de jogar.

A chave para o sucesso de Resistance é o seu esquema de controlos, usas o analógico para mover, os buttões dos ombros (L e R) e o D-pad para diversas acções. Fazer pontaria com apenas quatro buttões é uma tarefa difícil, então para suavizar as coisas, Retribution oferece uma janela de pontaria automatica. Esta é uma moldura entre a zona de pontaria, no meio da tela. Se centerares os inimigos dentro da tela, a estrutura irá automaticamente, fazer-lhes uma mira e podes rebentar com eles sem ter que constantemente ter de mudar a tua mira. Podes alternar facilmente entre inimigos seleccionados com apenas um toque no botão e o teu alvo vai ficar bloqueado enquanto tu andas para a frente e para trás, desde que mantenhas o inimigo dentro da janela. É uma solução elegante e intuitiva para este problema, e que isto, com pontaria assistida pode parcer fácil, há uma série de factores que mantêm tudo em equilibrio.

O primeiro factor é que os inimigos são implacáveis. Eles enchem o ar de misseis e avançam para ti agressivamente. Muitos podem ser vencidos com uma série de balas assistidas constantes, mas outros requerem que tu os desprezes da pontaria assistida e lhes despares nas sua grandes e desagradáveis cabeças. Alguns dos maiores inimigos são mais dificeis de matar, então precisas de usar o mais potente ataque secundário da tua arma, ou melhor ainda, usar uma arma grande. O segundo factor que mantém a acção tensa são os ataques secundários, assim como armas grandes, como o lançador de foguetes (ou rocket launcher), não usam pontaria assistida. Isto requer activar o zoom (utilizando o buttão de cima do desajeitado D-pad) e trabalhar um pouco para ter a pontaria certa. Felizmente, os grandes grupos de inimigos e as altas monstruosidades que tens de matar, vão ser, actualmente, um alvo fácil. Há um grande equilíbrio para o combate: a pontaria assistida ajuda o suficiente para manter a acção numa boa maneira, mas esta não tira ao jogo a diversão e o desafio que este tem.

Claro que a acção não é tudo sobre fazer pontaria e apertar o gatilho. Manobrar em torno dos niveis é muito crucial para a sobrevivência. Se tu correres para uma barreira baixa ou uma parede saliente, tu ficas em cobertura (cover) e (esperançosamente) para fora do alcance das armas dos chimeras. Ás vezes, podes ir acidentalmente para cobertura quando não queres e, em seguida, a atracção magnética, que já foi o teu salvador, agora torna-se teu inimigo. Lento e exposto, tu tens que sair rapidamente, isto, se quiseres sobreviver. Isto pode ser agravante, se estas tímido em relação a um checkpoint, mas, na maior parte, Retribution leva a série para o reino da terceira pessoa, com êxito.

Retribution também entra num novo "terreno" com o seu frágil protagonista James Grayson. Este soldado inglês é castigado pelos seus companheiros e luta ao lado dos franceses durante a maior parte da campanha, dando-lhe um pretexto para gozar com os personagens de ambas as nacionalidades. As suas certezas variam entre pouco originais a engraçadas, mas é bom que, ao contrário do Nathan Hale e do elenco dos dois jogos anteriores, Grayson e as personagens secundárias de Retribution têm personalidade e motivação. A história, contada através de cutscenes comptentes e prestáveis actores para fazer as vozes, foca-se mais nos seus relacionamentos enquanto eles lutam contra os Chimeras. As reviravoltas no enredo são frequentemente previsíveis, e as possibilidades das personagens lutarem são menos épicas, mas a intrigante conclusão e a atitude egoísta de Grayson tornam-no num capítulo interessante da série.

Resultado Final:

O Bom:
Acção intensa e rápida;
Inteligentes e a mecânica de disparar equilibrada;
Ambientes impressionantes e visuais ricos;
Inimigos desafiantes;
Sólido conjunto de modos multiplayer online.

O Mau:
O sistema de cover pode ser muito "pegajoso";
Algumas vozes irregulares.

Pontuação final: 9.0

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